AMAMENTAÇÃO E OS DIREITOS DA GESTANTE

A amamentação e os direitos da gestante é tema de relevante importância social e individual.

Durante o mês de agosto, celebra-se a importância da amamentação. Portanto, este texto tem por objetivo elucidar sobre a amamentação e os direitos da gestante.

 

  • Benefícios do leite materno

De acordo com o Ministério da Saúde, o leite materno é um alimento completo e até os seis meses de vida do bebê não é necessário nenhum outro alimento para que seu desenvolvimento se dê de fora saudável.

Por ser rico em anticorpos, o leite materno funciona como uma espécie de vacina protegendo a criança de inúmeras doenças e alergias. Além disso, ele diminui o risco de hipertensão, obesidade, diabetes e colesterol alto.

Além de todos esses benefícios, a amamentação oferece ainda um momento de contato mais íntimo entre mamãe e bebê.

 

  • Direitos da lactante

Por isso, nos casos de mulheres que estão em fase de amamentação e voltaram ao trabalho, elas têm direito a dois períodos de 30 minutos cada, por dia, ou um único período de uma hora por dia até que o bebê complete seis meses de vida, período este destinado à amamentação do bebê.

Nos casos das empresas que tenham mais de 30 funcionárias com idade superior a 16 anos deverão manter espaço próprio para amamentação ou, na ausência desses espaços, poderão ser substituídos por creches próprias da empresa ou conveniadas.

 

  • Saúde

Ainda segundo o Ministério da Saúde, o aleitamento materno pode prevenir algumas doenças da mulher.

Existe, também, a redução das chances de desenvolvimento de câncer de mama, de ovário e de endométrio, bem como de diabetes tipo 2.

Portanto, crianças amamentadas adoecem menos, possuindo mais chances de alcançar seu potencial máximo de desenvolvimento cognitivo, emocional e afetivo, contribuindo para a formação de adultos com maior capacidade laboral e fisicamente saudáveis.

Desta forma, o leite materno fornece nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê ocasionando inúmeros benefícios para a saúde.

Porém, existem situações em que não se recomenda o aleitamento materno. Como exemplo, a mãe tem HIV, faz uso de entorpecentes ou está em tratamento contra o câncer. Ou ainda quando o bebê possua alguma condição em que não consiga digerir o leite materno.

Nessas situações em que o aleitamento não pode acontecer, recomenda-se o oferecimento do leite em pó adaptado para o bebê, de acordo com a prescrição do pediatra.

Além disso, existe a possibilidade de se recorrer ao banco de leite humano disponibilizado no sistema único de saúde.

 

  • Cuidados

Destaca-se que nunca se deve oferecer o leite de vaca para o bebê antes do primeiro ano de vida. Isso porque, existe o risco de surgimento de alergias, ocasionando prejuízos ao seu desenvolvimento, uma vez que a proporção nutricional não é adequada para crianças nesta fase.

De acordo com a UNICEF, os bebês que menos ficam doentes são aqueles que melhor são amamentados.

Portanto, nem mesmo água ou qualquer outro líquido precisam ser oferecidos aos recém-nascidos até o sexto mês de vida. Isso porque, o leite materno supre todas as necessidades de líquido de um bebê.

Indica-se que ocorra a primeira amamentação na primeira hora imediatamente após o parto.

Vale mencionar que o colostro é o alimento ideal para os recém-nascidos, sendo muito nutritivo além de ajudar a proteger o bebê contra infecções.

Mesmo após os seis meses de idade, ao iniciar a introdução de outros alimentos, o aleitamento materno é recomendado até, pelo menos, o segundo ano de vida da criança.

A amamentação frequente estimula a continuidade da produção do leite. Assim, é possível a retirada do leite e armazenamento em recipiente limpo nos casos de impossibilidade de se amamentar diretamente a criança.

 

  • Conclusão

A alimentação da lactante também é um fator de relevante importância e que merece atenção especial, uma vez que é necessário maior consumo de alimentos e líquidos, especialmente frutas, verduras, carnes, legumes e todo tipo de alimento que possuam nutrientes e vitaminas necessários ao bom desenvolvimento da saúde da gestante e do bebê. Recomenda-se que não se faça uso de fumo, álcool ou outras drogas, nem mesmo o uso de medicamentos sem indicação médica.